Meu pai me chamou e pediu que eu olhasse lá fora, disse que havia escutado um gatinho gritando...
Saí assustada e vi que se tratava de um filhote abandonado.
Muito assustado, não permitiu que eu chegasse perto para acarinhá-lo.
Tentamos dar-lhe de comer, mas o pobre não se propôs a alimentar-se.
Fiquei chocada. Meus pais pediram-me que tivesse paciência para não assustá-lo, e esperasse o dia clarear para pegá-lo.
Confuso e com medo, o bichinho foi se abrigar num galpão velho onde passou a noite.
Confesso que fui para cama e dormi muito mal!
Quem teria sido a cruel criatura a abandonar o pobre animalzinho indefeso?
Quase certo alguém sem coração...
Fiquei imaginando o que poderia se passar na pobre mente da criaturinha...
O que foi que eu fiz?
Onde está minha mãe?
Mãe...tenho medo de ficar sozinho!
O que vai acontecer comigo?
Aquilo me cortava a alma!
Como pudera existir um ser tão brutal?
Alguém que não entende que um animal tem dor, frio e, se tratando de um bebê, saudades da mãe!
A noite ia passando...
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